O SER HUMANO é capaz de ingerir quase tudo para se alimentar, desde secreções mamárias (leite) até cristais minerais (sal comum), passando por frutos, flores, sementes, caules, folhas, raízes, algas, fungos, ovos de peixes ou de aves, e corpos mortos de diversos animais.
Todos estes produtos, mais ou menos preparados, dão lugar aos milhares de alimentos diferentes que se encontram no comércio.
O facto de podermos comer toda esta variedade de alimentos significará que todos eles são igualmente apropriados para o consumo humano? Existirá uma alimentação especificamente adequada aos humanos que, além de nutrir, conserve a saúde e evite as doenças?
1. Casualidade ou projecto inteligente.
O engenheiro terminou o seu trabalho. O reluzente motor acabado de construir encontra-se sobre o banco de ensaio, momentos antes de funcionar pela primeira vez.
- Aqui está o tipo de combustível que se deve empregar para este motor – diz o engenheiro aos seus colaboradores -. Nenhum outro dará um resultado óptimo. Ah! Não se esqueçam do óleo: tem de ser precisamente desta espécie!
Só quem tiver projectado e construído um motor poderá recomendar com pleno conhecimento de causa o tipo de combustível e de óleo de que o seu mecanismo necessita.
2. Alimentos especialmente recomendados.
E que acontece com o ser humano? Se o seu aparecimento no planeta Terra tivesse sido uma consequência acidental e imprevista do acaso evolutivo, então não deveria existir uma alimentação particularmente adequada para ele; ter-se-ia simplesmente adaptado gradualmente aos alimentos disponíveis e, quaisquer que estas fossem, acabaria por funcionar bem e gozar uma boa saúde.
Porém, se o ser humano foi criado por uma Inteligência superior, de acordo com um plano e com um propósito, deverá haver também determinados alimentos criados especialmente para o seu bom funcionamento fisiológico. Muitos crentes encontram a resposta para estas interrogações nos primeiros capítulos do Génesis, onde é dito que as ervas que dão semente, ou seja os cereais e, em sentido lato, também os legumes, os frutos das árvores, e as verduras e hortaliças que depois foram acrescentadas, constituem a dieta apropriada para a espécie humana.
3. Adaptação sim, mas sem prescindir dos alimentos necessários.
O ser humano possui uma grande capacidade de adaptação fisiológica a diversos tipos de alimentação. Apesar disso, a ciência da nutrição mostra-nos que existem certos alimentos dos quais não se pode prescindir, como sejam as frutas e as verduras e hortaliças frescas. Uma qualquer dieta não pode proporcionar boa saúde. Por muito que nos adaptemos a certos alimentos que não são os ideais, como acontece com os de origem animal, continuamos a precisar dos vegetais, que são precisamente os mais saudáveis e apropriados. Assim, por exemplo, os esquimós do Alasca, que se adaptaram a uma dieta rica em peixe, sofrem de numerosas doenças crónicas devido à sua escassa ingestão de fruta e hortaliças.
Dr. Jorge D. Pamplona Roger