A descoberta é de um médico português
Pode um simples cogumelo eliminar o vírus responsável pelo cancro do colo do útero?
Um médico português provou que sim e explica-nos tudo sobre a sua descoberta!
Coriolus versicolor. Assim se chama um cogumelo que pode ser encontrado nas florestas europeias, no Norte da América e na Ásia e que, devido às suas características imunoestimulantes, já é usado na medicina tradicional chinesa há vários séculos. No nosso país, contudo, o coriolus versicolor começou a ser usado no tratamento do Papilomavírus Humano (HPV), o vírus responsável pelo cancro do colo do útero, há pouco mais de um ano. Os resultados são bastante positivos, podendo ser uma enorme esperança para muitas mulheres. Em Portugal, o cancro do colo do útero mata uma mulher por dia.
Tratamentos convencionais
Até há poucos anos, a única opção terapêutica para tratar mulheres infectadas com o HPV era a cirurgia e implicava a excisão ou ablação das lesões do colo do útero (retirá-las através de métodos cirúrgicos, como o laser ou a criocirurgia). Como explica José Silva Couto, chefe de serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, «não tínhamos capacidade de intervenção sobre a infecção viral propriamente dita».
«Tratávamos as lesões, mas não tínhamos segurança no tratamento da infecção viral, que induz a lesão», acrescenta ainda. As limitações são óbvias, uma vez que, «inicialmente, uma lesão pode ser pré-cancerosa, mas se persistir ou não for tratada pode levar ao cancro do colo», acrescenta.
Avanços na prevenção
No início deste século fez-se muita investigação ao nível da criação de imunidade do organismo, de forma a prevenir a doença: «Sabíamos que o estado imunitário do organismo era muito importante na erradicação da infecção. E em 2001/2002, as últimas novidades eram a vacina como preventivo primário, para evitar a infecção», refere o especialista.
O único senão era, e ainda é, o facto de as vacinas terem uma acção específica, ou seja, levam à produção de anticorpos dirigidos a apenas dois tipos de vírus, o 16 e o 18. «Estava a trabalhar na investigação da vacina contra o cancro do colo do útero quando me convidaram para participar num simpósio em Londres sobre os cogumelos coriolus versicolor e a sua acção imunoestimulante», recorda José Silva Couto.
«A grande vantagem deste cogumelo é possuir uma acção não específica, isto é, não se dirige apenas a uma estirpe de vírus, mas é capaz de criar imunidade contra todos os tipos de vírus. Foi a partir daí que fiquei seduzido pelo assunto e aceitei colaborar com um laboratório que me convidou para fazer um ensaio clínico», recorda.
Neste ensaio, 40 doentes com lesões de baixo grau seguiram um protocolo de tratamento que incluía seis comprimidos por dia durante um ano e exames regulares de três em três meses. Terminado esse prazo, 72,5 por cento das pacientes já não apresentavam lesões e em 90 por cento dos casos o vírus tinha desaparecido.
Pode um simples cogumelo eliminar o vírus responsável pelo cancro do colo do útero?
Um médico português provou que sim e explica-nos tudo sobre a sua descoberta!
Coriolus versicolor. Assim se chama um cogumelo que pode ser encontrado nas florestas europeias, no Norte da América e na Ásia e que, devido às suas características imunoestimulantes, já é usado na medicina tradicional chinesa há vários séculos. No nosso país, contudo, o coriolus versicolor começou a ser usado no tratamento do Papilomavírus Humano (HPV), o vírus responsável pelo cancro do colo do útero, há pouco mais de um ano. Os resultados são bastante positivos, podendo ser uma enorme esperança para muitas mulheres. Em Portugal, o cancro do colo do útero mata uma mulher por dia.
Tratamentos convencionais
Até há poucos anos, a única opção terapêutica para tratar mulheres infectadas com o HPV era a cirurgia e implicava a excisão ou ablação das lesões do colo do útero (retirá-las através de métodos cirúrgicos, como o laser ou a criocirurgia). Como explica José Silva Couto, chefe de serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, «não tínhamos capacidade de intervenção sobre a infecção viral propriamente dita».
«Tratávamos as lesões, mas não tínhamos segurança no tratamento da infecção viral, que induz a lesão», acrescenta ainda. As limitações são óbvias, uma vez que, «inicialmente, uma lesão pode ser pré-cancerosa, mas se persistir ou não for tratada pode levar ao cancro do colo», acrescenta.
Avanços na prevenção
No início deste século fez-se muita investigação ao nível da criação de imunidade do organismo, de forma a prevenir a doença: «Sabíamos que o estado imunitário do organismo era muito importante na erradicação da infecção. E em 2001/2002, as últimas novidades eram a vacina como preventivo primário, para evitar a infecção», refere o especialista.
O único senão era, e ainda é, o facto de as vacinas terem uma acção específica, ou seja, levam à produção de anticorpos dirigidos a apenas dois tipos de vírus, o 16 e o 18. «Estava a trabalhar na investigação da vacina contra o cancro do colo do útero quando me convidaram para participar num simpósio em Londres sobre os cogumelos coriolus versicolor e a sua acção imunoestimulante», recorda José Silva Couto.
«A grande vantagem deste cogumelo é possuir uma acção não específica, isto é, não se dirige apenas a uma estirpe de vírus, mas é capaz de criar imunidade contra todos os tipos de vírus. Foi a partir daí que fiquei seduzido pelo assunto e aceitei colaborar com um laboratório que me convidou para fazer um ensaio clínico», recorda.
Neste ensaio, 40 doentes com lesões de baixo grau seguiram um protocolo de tratamento que incluía seis comprimidos por dia durante um ano e exames regulares de três em três meses. Terminado esse prazo, 72,5 por cento das pacientes já não apresentavam lesões e em 90 por cento dos casos o vírus tinha desaparecido.
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