29/07/13

Duas Saudáveis Receitas com Aveia

É prática tradicional, em alguns países do centro da Europa, pôr a dormir sobre um colchão de palha de aveia, as pessoas que sofrem de nervosismo ou de insónia. É muito possível que este costume não deixe de ter algum fundamento, já que a aveia contém um alcalóide de efeitos sedantes sobre o sistema nervoso.
No entanto, a aveia tem sido usada sobretudo para a alimentação do gado. Era o que sucedia na maior parte dos países da Europa até há algumas décadas, quando a indústria alimentar descobriu as notáveis propriedades deste pequeno grão.
Em alguns lugares, como na Escócia e no País de Gales, a aveia já era usada desde há séculos na alimentação humana. O porridge (uma papa feita com flocos de aveia, demolhados durante a noite, cozidos, na manhã seguinte, em água e servidos com mel) é o prato forte do pequeno-almoço típico escocês. Ao contrário, na Inglaterra dava-se a aveia aos animais. Possivelmente por isso se diz que “a Escócia oferece os mais belos exemplares humanos, e a Inglaterra os mais bonitos cavalos”.
A aveia é, possivelmente, o cereal mais rico em nutrientes. Contém mais do dobro de gorduras que o trigo, mais proteínas e mais hidratos de carbono. É muito rica em fósforo, em ferro e em vitamina B1.
Os hidratos de carbono constituem o nutriente mais abundante da aveia. Devido à peculiar estrutura do grão de aveia, os seus hidratos de carbono assimilam-se facilmente e absorvem-se com lentidão, pelo que proporcionam energia durante várias horas depois de serem ingeridos. É muito bem tolerada pelos diabéticos, devido ao seu conteúdo de frutose e, sobretudo, de beta-glucanos.
A aveia é recomendada para afecções do sistema nervoso, uma vez que fornece os nutrientes mais importantes para o bom funcionamento dos neurónios. Além disso, contém pequenas quantidades de um alcalóide não tóxico, a avenina, que tem um efeito sedativo suave sobre o sistema nervoso. É ainda indicada no caso de nervosismo, fadiga ou esgotamento mental, insónia e depressão.
Devido à mucilagem que contém, é indicada para as afecções digestivas, especialmente gastrite, úlcera gastroduodenal, colite e diverticulose.
No caso de doença celíaca, que se deve a uma intolerância à gliadina, a proteína do glúten, a aveia pode ser muito bem tolerada, em virtude de ser praticamente isenta deste nutriente.
Quando o problema é o aumento de colesterol, a aveia é de grande ajuda, pois a sua gordura favorece a descida do colesterol. Este efeito é potenciado pela acção do beta-glucano, que retém e elimina os sais biliares no intestino, diminuindo, além disso, a absorção de gorduras.
O consumo habitual de aveia também tem muito bons resultados no tratamento de arteriosclerose e hipertensão arterial.



Da Casa ao PratoIngredientes:
1 cebola grande
4 dentes de alho
½ chávena de flocos de aveia
1 chávena de gérmen de trigo
sal a gosto
2 colheres de sopa de molho de soja
1 pitada de orégãos
½ chávena de nozes moídas
1 chávena de leite
2 colheres de sopa de óleo
2 colheres de sopa de farinha de trigo.

Modo de Fazer:
Descasque os alhos e esmague-os com o sal. Rale a cebola. Misture todos os ingredientes até formar uma massa homogénea. Frite ou asse em forma de bifes e sirva com molho de tomate e arroz branco.


Da casa ao Parto
Ingredientes:
½ kg de flocos de aveia
2 chávenas de açúcar mascavado
3 ovos
200g de margarina derretida

Modo de Fazer:
Misture todos os ingredientes, coloque às colheradas num tabuleiro untado e coza em forno moderado.

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