A canela já era conhecida e utilizada pelos chineses 2500 anos antes de Cristo, e era tão apreciada como o ouro. Os antigos egípcios usavam-na para embalsamar as múmias. A canela também era muito apreciada pelo povo de Israel, e Moisés recebeu indicação divina para a usar, juntamente com outras especiarias, no óleo santo com o qual se ungiam os objectos do santuário e os sacerdotes (Êxodo 30:23).
A canela foi uma das especiarias que indirectamente contribuíram para o descobrimento da América, pois Colombo navegou para o Ocidente, através do Atlântico, pensando que encurtaria a rota para a Índia, de onde se trazia a canela, entre outros produtos orientais. Durante os séculos XVII e XVIII, a canela tornou-se a especiaria mais lucrativa para os Holandeses.
Além da autêntica canela de Ceilão, existe a canela da China, que se obtém da casca de outra árvore similar, a caneleira chinesa, cujo sabor é mais picante e menos delicado. No entanto, as propriedades são as mesmas. John Russel, no seu livro Book of Nature, publicado no século XV, dizia: “A canela é para os senhores e a canela da China é para o vulgo”.
Mas, afinal, para além do aroma e paladar agradáveis que dá à culinária, quer em rama (pau de canela), quer em pó, que outros efeitos tem a canela?
A casca da caneleira – pois é, afinal, da casca que se trata – contém óleo essencial, aldeído cinâmico, tanino, terpenos, oxalato de cálcio, amido e indícios de mucilagem. A acção de todas estas substâncias em conjunto dá-lhe propriedades digestivas, de tónico estomacal e aperitivas: aumento da secreção de sucos gástricos e intestinais, assim como um aumento da motilidade do estômago.
Como resultado desta acção tonificante da canela sobre o aparelho digestivo, produz-se um aumento do apetite e uma melhoria da função digestiva no seu conjunto. O uso da canela favorece especialmente os que sofram de: inapetência (fastio), digestões pesadas por atonia gástrica (estômago dilatado), eflatulência por insuficiência de sucos gástricos.
Mas, atenção, se sofre de úlcera péptica gastroduodenal, não lhe convém esta especiaria, pois nesta doença produz-se um excesso de suco gástrico ácido, que determina a formação da úlcera.
Pelo seu conteúdo em tanino, a canela apresenta também um ligeiro efeito adstringente.
*Extraído do livro A Saúde pelas Plantas Medicinais, editado pela Publicadora SerVir, S.A.
Coucous com legumes e canela - Receita tradicional de Marrocos
Ingredientes:
4 tomates maduros
400g de abóbora
2 talos de aipo
1 dl de azeite
3,5dl de caldo de legumes
2 cebolas
2 cenouras
1 lata de grão
1 pimento verde
1 colher de café de canela em pó
2 colheres de sobremesa de passas
sal q.b.
375g de couscous
4 tomates maduros
400g de abóbora
2 talos de aipo
1 dl de azeite
3,5dl de caldo de legumes
2 cebolas
2 cenouras
1 lata de grão
1 pimento verde
1 colher de café de canela em pó
2 colheres de sobremesa de passas
sal q.b.
375g de couscous
Modo de Fazer:
Escalde os tomates em água a ferver, para que a pele saia mais facilmente, elimine as sementes e pique-os. Reserve. Descasque as cebolas, lave-as, corte-as às rodelas e refogue em azeite, até estarem transparentes. Junte as cenouras, descascadas e cortadas em rodelas finas, o aipo às fatias, a abóbora cortada em cubinhos, o pimento em tirinhas finas (sem sementes) e tempere com sal. Deixe cozer um pouco (mais ou menos 7/8 minutos), mexendo com frequência, até os legumes ficarem macios. Junte o tomate, deixe apurar um pouco, acrescente o caldo de legumes a ferver, tape e coza durante 20 minutos, mexendo com alguma frequência, mas com cuidado para não desfazer os legumes. Escorra o grão, passe-o por água corrente e junte-o aos legumes, juntamente com as passas e a canela em pó, envolvendo com cuidado. Rectifique os temperos.
Prepare os couscous segundo as instruções da embalagem. Disponha os couscous numa travessa com os legumes por cima.
"Cuca" de canela - Receita tradicional brasileira
Ingredientes:
3 chávenas de farinha de trigo
1 chávena de leite
3 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó
1 ½ chávenas de açúcar
¼ chávena de açúcar mascavado
100g de manteiga gelada
¼ chávena de farinha de trigo
1 colher de chá de canela em pó
6 bananas
Ingredientes:
3 chávenas de farinha de trigo
1 chávena de leite
3 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó
1 ½ chávenas de açúcar
¼ chávena de açúcar mascavado
100g de manteiga gelada
¼ chávena de farinha de trigo
1 colher de chá de canela em pó
6 bananas
Modo de Fazer:
Unte e enfarinhe uma forma redonda de 28 a 30 cm de diâmetro. Aqueça o forno entre médio a forte. Corte a manteiga em cubinhos e misture-a com a ponta dos dedos ao açúcar mascavado e a ¼ de chávena de farinha de trigo. Acrescente a canela. Reserve esta farofa para cobrir a cuca.
Peneire para um tigela a farinha, o açúcar e o fermento em pó. Noutro recipiente, bata levemente os ovos e acrescente o leite; misture bem. Despeje a mistura de líquidos sobre os secos e incorpore levemente. A massa deve manter a textura de grumos. Deite na forma.
Corte as bananas às rodelas e cubra a massa com elas. Salpique a farofa de mascavado sobre a cuca e leve ao forno moderado durante cerca de 35 minutos ou até que a massa coza. Teste com um palito. Deixe arrefecer, retire da forma e sirva com o chá de Maçã e Canela
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