As variadas leguminosas disponíveis no nosso país constituem um alimento nutricionalmente importante, muito económico, de fácil armazenamento, longa duração (especialmente na forma seca) e imensa versatilidade culinária.
Ervilhas, grão-de-bico, lentilhas, chícharos, feijocas, tremoços, favas, feijões frade, preto, catarino, azuki, branco, manteiga, mung, pedra, soja, vermelho, são, na sua grande maioria, variedades bastantes comuns no mercado, mesmo longe das cidades, quer na forma seca, pré-cozidos e embalados em frascos de vidro ou latas, congelados ou frescos.
Apesar de se denotar algum desuso deste alimento, ele beneficia vários aspetos da saúde: controla níveis de colesterol e glucose em diabéticos pela riqueza em fibra, previne problemas do trato intestinal, reduz o risco de vários cancros e efeitos do envelhecimento pela ação antioxidante e, combinado com cereais (integrais, de preferência), constitui uma fonte completa de proteína, dispensando totalmente o consumo da mesma de origem animal. Contém ainda timanina (importante para funções cerebrais), potássio (para a saúde cardíaca), ferro, ácido fólico, cobre, magnésio, hidratos de carbono e apresenta níveis baixos de gordura, pelo que é aconselhado o seu consumo regular numa alimentação variada e equilibrada.
Os feijões em geral podem também contribuir bastante para economizar dinheiro e tempo, não apenas pelo seu baixo custo à partida (o preço do quilo do feijão seco comum não ultrapassa muito mais de um euro apenas), mas principalmente porque são bastante saciantes, rendem muito depois de demolhados, pelo que dobram ou triplicam a quantidade da refeição inicial e a enriquecem de forma saudável ao mesmo tempo que dispensam o consumo de outros produtos mais caros e muito menos saudáveis, como, por exemplo, a carne. Simultaneamente, são bastante fáceis e rápidos de usar: na forma pré cozida, fresca ou congelada, basta juntá-los aquando da confeção do prato e mesmo secos, basta demolhá-los durante uma noite e cozê-los em panela de pressão em duas águas cerca de vinte minutos no total, consoante a variedade.
As leguminosas auxiliam ainda mais na poupança ao adaptarem-se facilmente a inúmeros pratos principais, entradas e sobremesas de qualquer gastronomia, adquirindo facilmente os sabores sem anularem a sua presença em tartes e pastéis doces e salgados, purés, saladas (também em forma germinada), estufados, empadões, arrozes, recheios, croquetes, rissóis, feijoadas, sopas, patés, salteados, pães, almôndegas, medalhões, caldeiradas e muitos mais.
Assim, o regresso do consumo deste alimento, quer na sua forma mais simples ou mais elaborada constitui uma importante mudança positiva no orçamento e saúde familiar.
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